segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Das Gerais à Dona Beja


Museu Dona Beja, localizado na cidade de Araxá

Há lendas, contos, mitos por toda parte, mas Anna Jacintha de São José,“Dona Beja”existiu, e foi uma mulher que fez diferença e deixou marcas na historia de Araxá.
     O estado de Minas Gerais abriga um cenário repleto de cultura, culinária, arte, folclore, histórias e muita “prosa”. O mineiro tem suas características típicas e sabe como ninguém receber seus convidados. Seja com um delicioso pão de queijo com café, ou com doces saborosos. Ao visitar a casa de um mineiro o aconchego, a boa recepção e um bom dedinho de prosa não podem faltar.
    Toda essa cordialidade e agradável recepção estão presentes na cidade de Araxá, que fica no interior de Minas Gerais, em tupi-guarani significa “lugar alto onde primeiro se avista o sol”. Possui cerca de 90 mil habitantes, está localizada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Em sua formação geológica, riquezas minerais como águas sulforosas e radioativas, a apatita e o nióbio. Na bacia do Barreiro viveram mamíferos pré-históricos, há milhares de anos. Além disso, Araxá é conhecida por suas águas, lamas e banhos terapêuticos. Os pontos turísticos mais visitados são o Grande Hotel do Barreiro, o Parque Nacional da Serra da Canastra, Parque do Cristo, Fonte Andrade, Horizonte Perdido, dentre outros lugares que retratam uma natureza exuberante e proporcionam tranquilidade e um bom descanso.
    A partir de 1914 o município de Araxá fortaleceu-se como Pólo Turístico, com a inauguração do Complexo Termal - Grande Hotel e Balneário. Assim, a cidade cresceu junto com o turismo e é por meio dele que as pessoas de outras cidades e países se interessam em conhecer uma cultura requintada de museus, lazer e figuras históricas. Ao ressaltar figuras não podemos esquecer que a cidade abriga ilustres nomes como o pintor e escultor Calmon Barreto, a escrava Filomena (que segundo a tradição foi enterrada viva e após sua morte virou santa), e também há o mito Dona Beja.
Maitê Proença no papel de Dona Beja

     Ela foi uma mulher, digamos, diferente para os princípios do século XIX. Anna Jacintha de São José, a Dona Beja, nasceu em 1800, na cidade de Forminga-MG. Teve um único irmão, Francisco Antônio Rodrigues, e faleceu em 1873, em Estrela do Sul (antiga Bagagem, local onde despertou em Beja o garimpo de diamantes e também local onde teria sido encontrado prováveis restos mortais de um dos maiores símbolos de Araxá). Foi proprietária de terras, reconquistou territórios, negociou escravos e diamantes, dentre outras atividades que já mostravam indícios de que ela não era uma simples dona de casa como as mulheres de seu tempo.
     A trajetória de Anna Jacintha tem muitas referências. Ela passou muitos anos na cidade de Araxá e a segunda metade da sua vida em Estrela do Sul (antiga Bagagem).Considerada uma das cidades mais antigas de Minas Gerais, Estrela do Sul, fica no município brasileiro do estado Minas Gerais. È também conhecida por ser a única cidade do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, que abriga o maior número de construções coloniais. Em 1816, o mérito da reconquista do território do Triângulo Mineiro para Minas Gerais foi dado a ela, quando a região pertencia a Goiás. São várias as gerações que contam esse episódio, momento em que viveu em Paracatu, depois de ter sido raptada pelo ouvidor Joaquim Inácio Silveira da Mota, quando este esteve em Araxá. Assim, Dona Beja teria voltado a Araxá para recomeçar a vida e no ano de 1819, quando sua filha Thereza Thomázia de Jesus foi batizada. Driblando as tradições da época, solteira teve uma segunda filha, nascida em 1838, de nome Joana de Deus de São José.
 Dona Beja conseguiu alcançar uma posição social favorável mesmo sendo uma mulher solteira, analfabeta, e moradora do arraial de São Domingos do Araxá. Havia um sobrado construído em 1830, e Beja era a proprietária de tal estabelecimento, terreno onde concentravam-se a Câmara, a Igreja e as melhores casas da então Vila do Araxá. Além de proprietária de imóveis, foi proprietária de escravos, e a ela pertencia também a Chácara da Beija, popularmente conhecida com Chácara Jatobá.
    Em torno de 1850, Dona Beja mudou-se para Bagagem, a fim de encontrar diamantes. Naquele momento Araxá passava por um momento de estagnação econômica, fase em que os conflitos políticos tinham reflexos e esses podiam ser sentidos e presenciados. Foi em Bagagem que, ao lado da filha Joana, do genro Clementino e dos netos fincou suas raízes e permaneceu até a sua morte. Seu testamento foi feito em 1869, mostrando uma mulher não possuidora de muitos bens, porém fielmente dedicada ao catolicismo.
     Araxá é terra de onde primeiro se avista o sol, é terra de índios, é terra de “uais”, queijo e goiabada, é tradição, é Minas... É também terra de Maria, a dona de casa que trabalha e cuida dos filhos; de João, que sai cedo para trabalhar e chega à noite para jantar com a família; é terra também de Ana Jacintha de São José, a mulher que deixou seu caráter simbólico e fez história.

    
Conhecida por Beja ou Beija?
O apelido Dona Beja, ou Beija, nas documentações existentes apareceu somente no final do século XIX, em 1873, após a morte de nossa personagem. Anna Jacintha, antes de falecer, era identificada nos documentos oficiais pelo próprio nome e, obviamente, não pelo apelido. Os critérios para eleição do nome ficaram de acordo com cada autor, seja o significado do apelido à beleza da flor “beijo” (nome popular do hibisco) ou à ave “beija flor” (que de acordo com Aurélio Buarque de Holanda alimenta-se de insetos minúsculos e do néctar das flores).
Música
Sua história foi musicada por Aurinho da Ilha e cantada por José Bispo (Jamelão) em 1968, no enredo “Dona Beija, a Feiticeira de Araxá”, tema da escola de samba carioca Salgueiro, em 1968. Seu nome também teve repercussão no samba-enredo “Araxá- Lugar alto onde primeiro se avista o sol”, da Beija Flor de Nilópolis (RJ), cantado por Luiz Antônio Feliciano (Neguinho da Beija Flor), em 1999.

Pertences de Dona Beja


A marca de Dona Beja
Carlos Henrique Vieira, monitor do museu criado em sua homenagem, conta sobre o comércio e sobre pertences de Dona Beja: “O museu tem 46 anos. Desde sua fundação com Assis Chateaubriand, em 1965, é o mito de Dona Beja e os indícios de que ela foi uma mulher à frente de seu tempo que atraem turistas de longe até aqui. O museu tem objetos que foram de uso pessoal dela, como uma balança de cobre, um medalhão do sagrado coração de Jesus em ouro e documentos. Existem mais peças e objetos que não foram dela, mas que ilustram o século XIX. O nome já caiu em domínio publico, assim existem vários produtos que carregam seu nome no comércio de Araxá: café, cachaça, mussarela, queijo e doces. Sendo assim, todos esses produtos são tradicionais da nossa cidade e adotaram o nome Dona Beja como marca.”

Produtos com o nome de Dona Beja
Mais que um mito
Raquel Costa, professora de História, acredita que Dona Beja virou mito, pois não era uma mulher comum e fala um pouco sobre suas aptidões e trajetória: “Depois do romance (ficção) ‘A vida em flor de Dona Beja’, escrito por Agripa Vasconcelos, e após a telenovela exibida na Manchete em 1986, o nome e um pouco da história de Dona Beja tiveram uma maior repercussão. Ao contrário do que todos acham ou sabem por meio da ficção, na realidade não há pesquisas que comprovem que Dona Beja foi uma cortesã, tampouco uma mulher conhecida por encantar muitos homens, devido sua beleza. Foi mãe solteira, teve duas filhas: Thereza Thomázia e Joana de Deus.  Estudando sua história mais afundo, não a vejo como a mídia mostrou ou a internet, ou mesmo livros romancistas. Dona Beja foi uma mulher inteligente, proprietária, excelente negociadora de escravos, lutava para melhoria de sua cidade. Herdou terras, participava de reuniões em sua chácara, teve um grande interesse na garimpagem de diamantes, contribuiu financeiramente para a construção da ponte do rio Bagagem. Participou tanto da vida política, que conseguiu casar suas duas filhas com homens influentes e tradicionais daquela época. Mais do que um mito, ela era uma mulher que lutava pelos seus ideais.”



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Comemoração da Festa dos 100 dias

       
     Quando se é estudante as etapas escolares estão presentes na vida do mesmo... A escola, o maternal, o ensino médio e até o então almejado vestibular. Depois disso, vem a tão esperada universidade, que além de graduar o aluno no curso desejado, forma um profissional para atuar no mercado. Mas antes de formar, ou melhor ás vésperas da formatura, tem a contagem regressiva para o aluno tornar-se um profissional em sua área.
      Na Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Frutal, não foi diferente, alunos dos cursos de : Lacticínios,Comunicação Social/ Jornalismo e Publicidade e Propaganda se uniram para comemorar os 100 dias que faltam, até à tão esperada graduação. A festa foi realizada no Campus de Frutal, dentro da universidade, no dia 11 de novembro, em plena sexta feira , por volta dás 20h30,  no intervalo. Foi onde alunos chegaram de trenzinho com direito a som, músicas, buzinas, bateria UEMG  e até pessoa caracterizada de mascote para animação e entusiasmo de alunos, professores, funcionários e familiares.
    Para a estudante de jornalismo Lenise Ferreira, do último ano do curso de Jornalismo a festa dos 100 dias, foi um momento único que resumiu em uma etapa que se finalizou-se e de um sonho realizado: “É muito bom saber que estamos na fase final, é a concretização de um sonho que busquei incansavelmente durante anos de colégio, saber que você vai ser uma profissional realizada porque você se formou em um curso que você ama, faz toda a diferença, este é só o começo de uma longa jornada. Estes 100 dias representam a sua ansiedade, felicidade, tristeza e por fim orgulho de si mesmo”.
     Existe uma sábia frase de Einstein que diz: “Não se deve ir atrás de objetivos fáceis. É preciso buscar o que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”. A formatura é sinônimo de conquista e esforço, tanto na trajetória do aluno como também na do educador. Assim, a festa dos 100 dias registra um momento perto de concluir o curso da área desejada e mais do que isso, é motivo de alegria e véspera de receber a conquista do diploma.
    

                                         8° período do curso de Comunicação Social 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Procura-se Baterista


     Tudo começou em 1967, a majestade britânica “Queen”(rainha) antes de se apossar do trono do rock, partiu de um sorriso, “Smile”(antigo nome da banda) . Brian May, Tim Staffell e Roger Taylor formaram o trio Smile, no Imperial College em Londres, onde todos estudavam. Eram estudantes de áreas tão diversas como ciências, artes plásticas e astronomia. Formaram a banda através de uma nota no quadro de avisos, onde Brian May (guitarrista), conta como foi: “Coloquei um anúncio no painel da faculdade procurando um baterista que pudesse fazer o tipo de coisa que Hendrix e o Cream faziam, e o Roger era perfeito.”
     Após a partida do baixista e vocalista do grupo, Tim Staffell, na Primavera de 1970, May e Taylor foram apresentados por Staffell à Freddie Bulsara em Abril do mesmo ano, o qual viria a ser o vocalista da nova banda com o nome de Freddie Mercury, agora rebatizada de Queen. Em 1971, John Deacon completou a formação dos Queen como baixista. Com essa formação os músicos foram ganhando espaço e era uma das bandas mais quentes do Reino Unido, seus shows e clipes tinham muito rock, piano, opera a até  movimentos teatrais.
     O interessante é que nos álbuns da banda tem pelo menos uma canção feita por cada um dos integrantes. Sendo que, Freddie Mercury escreveu muitos dos sucessos da banda, de forma alguma pode ser considerado o único compositor da banda(em termos de quantidade e qualidade das músicas). Até mesmo John Deacon, baixista do grupo, o membro mais quieto fez até uma música sobre sua timidez, a famosa “I Want To Break Free”, compôs outros sucessos como “Another One Bites The Dust” , “You're My Best Friend"e "Spread Your Wings", dentre outros.
     A "rainha" foi uma banda de rock que causou, na guitarra com Brian May e o visual inrreverente de Fred Mercury no vocal, com suas Heineken’s no piano e calças boca de sino, que chamavam a atenção e como! Mais do que um estilo a banda Queen, em suas canções deixou mais do que mensagens de liberdade, alegria, amor, deixou claro que como Fred compôs, para todos aqueles que curtiram grandes sucessos, todos aqueles que pagaram suas dívidas, sobreviveram a turbelências e pretendem continuar : “We are the champions”!




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bob Dylan e os Bons Ventos



Por Dayana Vaz
     Ele cantou : "Quantas estradas deve um homem percorrer, até que possa ser chamado de homem (...) quantas vezes as balas de canhão devem voar, até que sejam banidas para sempre? A resposta, meu amigo está soprando no vento". E foi com o sucesso “Blowing in the Wind” que Robert Allen Zimmerman, nascido em Duluth, no estado norte-americano de Minnessota, em 1941, famoso por Bob Dylan, protestou nos seus versos, os tempos de guerra e de segregação racial.
     Além de ser autor de clássicos como "Blowing in the Wind", "Mr. Tambourine Man", "Like a Rolling Stone", "All Along The Watchtower", "Lay Lady Lay" e "Knocking on Heaven's Door", influenciado por blues, pop, rock, folk e até mesmo country Dylan, dominava desde piano, gaita e guitarra( instrumentos que aprendeu a tocar sozinho).
     Foi no ano de 2004 que Bob Dylan foi eleito pela conceituada revista Rolling Sotone, como o 2° melhor artista de todos os tempos, o primeiro lugar no pódio foi destinado aos Beatles. Com uma de suas principais canções “Like a Rolling Stone”, Dylan deixou influências ligadas a grandes nomes do rock americano e britânico no cenário dos  anos de 1960 e 1970.
    No New York Times, em 1961 foi publicado o artigo com o seguinte título “Bob Dylan: um destacado estilista da música folk”. Tratava-se da primeira entrevista que Bob deu a imprensa, após um show e mentiu muito. Mentiu tanto, que o 
autor da matéria Robert Shelton obteve com esse texto  a certidão de nascimento de Dylan na mídia.O cantor desconhecido acabará de ganhar um marco para sua carreira, depois  da entrevista. No dia seguinte, a Columbia Records ofereceu a Bob o seu primeiro contrato de gravação. Assim, ele manteve uma ligação de amizade duradoura com Robert Shelton, o jornalista que ajudou o artista a se consagrar diante da imprensa. 
      Nesse ano de 2011 o músico completa 70 anos, em comemoração, a biografia: No Direction Home: “A Vida e a Música de Bob Dylan”, está sendo relançado mundialmente numa versão revista  ampliada. Além disso, a obra está ganhando sua primeira edição no Brasil. O livro nacional conta com 768 páginas, com atualizações e mais fotos do que na versão de 1968 e discografia. Para fãs e simpatizantes da música de Bob Dylan vale a pena conferir o livro que foi escrito entre a amizade de biógrafo e biografado, que além de acompanhar o início da carreira do cantor, fontes exclusivas, mostra muito sobre a voz de protesto dos anos 60 e os bons ventos de sua melodia.

Sugestão de vídeo:
Sugestão de filme:
No Direction Home: Bob Dylan
Sugestão de cd:
Mtv- Unplugged- Série ao vivo- Bob Dylan

domingo, 3 de julho de 2011

Francamente...



Muitos elogios chegaram até mim nesses tempos, de pé machucado muitas maratonas, passa gelol mas não passa o roxo, exageros podem ter efeito e como! Não foram elogios de familiares, nem da minha mãe, nem meu irmão, chegaram por emails sobre os textos que escrevo! Isso pra mim é bacana demais, como não pretendo ganhar dinheiro e ficar milionária acho que a melhor coisa é ser reconhecida pelo que gosto e principalmente pelas palavras!Obrigada aos leitores, críticas podem vir, mas gente não abusa emm kkkkk!
Meu assunto hoje para grandes fins questionadores, vamos falar sobre valores e ensinamentos?
Então né, primeiramente aprendemos quando crianças e como Freud explica bem sobre isso, aprendemos com experiências dolorosas ou felizes. Aprendemos com os pais, avós ou aqueles que não possuem estes, aprendem com figuras paternas que representam de certa forma os mesmos. Chega de rodeios e vamos para o assunto que interessa. Ninguém vem com um manual falando COLEGUINHA QUERIDO,QUERIDO COLEGUINHA VC VAI APRENDER COM A VIDA! EU NÃO VOU USAR PALAVRÃO,mas fico indignada sabe... como o ser humano é um ser difícillll, a gente tem inteligência, a gente aprende se tiver força de vontade, mas a gente não tem um manual, o principal  não aprendemos, como:
·         Em quem confiar
·         Não se magoar
·         Em fingir ser quem não é
·         E o melhor de tudo pessoas que se dizem: sensatas não sofrem, não sentem remorso e ainda para completar são extremamente felizes...o quão a ironia é presente...

Aiii é hora de dizer quanta hipocrisiaaaaaaa?
Que ser humano não tem problemas?
 Vai me dizer que existe pessoas que são felizes o tempo todo... a tá me conta que o papel Noel vem em dezembro, que já estou na janela; se bem que acreditei no velinho um bom tempo...
Não invejo a felicidade e os momentos de alegria de ninguém até porque com pouca idade( nem pouca assim passei dos vinte kkk), já tenho amadurecimento suficiente para saber um pouco sobre viver e aprender, mas o que não entendo são as pessoas que fingem ser o que não são e escondem bem para serem fiéis a um traço chamado falsidade.
Então dica: pessoas a melhor coisa é a transparência , o” Ser ou não ser? É melhor ser,,, do que aparecer!
E outra não acredito em sentimentalismo, ainda mais piegas, só quero passar honestidade nas palavras, já que meu negócio é escrever! Em italiano “andiamo”= vamos lá!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um tal de brilho no olhar...




Não vou escrever aqui sobre aquele brilho no olhar de uma criança quando vê o brinquedo dos sonhos...
Também não é aquele típico brilho no olhar de quando estamos apaixonados...
Tampouco, aquele brilho quando nos emocionamos com alguma coisa...
Esse brilho é mais sobre a perda, do mesmo...

Uma vez, em plena aula de Redação, um querido professor disse que com o passar dos anos vamos perdendo "um tal de brilho no olhar", além disso, disse que isso deve-se ao passar dos anos...

Como sou uma pessoa que faço poucas reflexões sobre a vida ( poucas = muitas), depois de quatro anos voltei a pensar nisso!
Quando meu professor disse essas palavras, não sei se ele estava pensando o quanto ser adulto tornam as coisas difíceis...
Não sei se ele estava passando por muitas tristezas e poucas alegrias...
Também não sei, se ele enxergava a realidade dura e fria, que uma hora pode estar distante e outra pode nos surpreender batendo na nossa porta!
Mas é engraçado, vivemos em um mundo com tantas coisas, e certa delas nos fazem perder "esse tal de brilho no olhar".
Sei lá, mas as vezes ser adulto exige responsabilidades, amadurecimento e deveres que pesam.
O legal é lembrar o quanto era bom correr na chuva, andar de bicicleta, jogar bola, voar na imaginação, não ter horários e deixar de lado as amarguras da vida...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Poesia


A poesia diz muito sobre essência, vida, expressa emoções, sentimentos e um olhar diferente para tudo aquilo que nos rodeia. Mas também trata do íntimo, que através de versos podemos nos identificar. Sua forma, rima, ritmo, ou seja, sua estrutura, varia de acordo com o autor. E falando em autor o estudante que reside em Frutal-MG, Pablo Rezende, ficou entre os 20 finalistas para a grande final do 5° Festival de Poesia Falada de Varginha, que será realizado no Teatro Marista Mestrinho em Varginha, sul de Minas Gerais. A cerimônia acontecerá no dia 25/06, com premiação para o primeiro, segundo e terceiro lugar. Honesto com as palavras Pablo mostra em sua poesia um final emocionante que, para um jovem de 19 anos as reflexões são profundas. Fazendo da poesia arte e das palavras instrumentos, confira a poesia que colocou Pablo entre os 20 finalistas:


Os passos

Na inconstância dos passos
Eu conto as estrelas, as flores, as mulheres.
Ando sobre o vento, despenteio as asas e sonho.
Desvendo os mistérios da teia da aranha
Conto os grilos, as moscas, as lagartas.
Reviro a morte de ponta-cabeça, faço dela, solidão.
– Que volte, mas que eu esteja dormindo.

Faço do céu, o mapa do meu corpo.
Procuro os sentimentos, os encantos, os amores.
Em cada canto, seja o monstro, seja o poeta.
Faço das cores mortas, minha poesia aquarela.
Vivo várias vidas em vários versos
Cada amor em cada poema
Em cada saudade, também.

No escuro da solidão, acendo a lâmpada do espírito.
Guardo os olhos, mostro a alma
Faço do vinho, água para beber.
Das lágrimas, pão para comer.
– De barriga cheia, apago a luz, vou-me embora

Obs: Pablo como leitora e admiradora aqui vai um forte abraço e beijocas,,,dedos cruzados desde já !